”Eu vim a este mundo, com uma determinação, vim com ordem Suprema, cumprir uma missão"Trecho de Salmo da Madrinha Chica

domingo, 13 de junho de 2010

Três meses após a morte de Glauco, especialista analisa o futuro do daime

Bia Labate - Antropóloga
FABIO ANDRIGHETTO
da Livraria da Folha


Três meses atrás, na madrugada do dia 12 de março, o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e seu filho Raoni, 25, foram mortos em Osasco pelo estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24.

A morte de Glauco, líder da igreja daimista Céu de Maria, causou comoção nacional e atraiu a atenção da opinião pública para a prática religiosa.

Na ocasião, a antropóloga Beatriz Labate, pesquisadora associada do instituto de psicologia médica da Universidade de Heidelberg e do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip), esclareceu o uso da ayahuasca em rituais religiosos.

Há pouco tempo, ignorando o direito constitucional à liberdade de crença religiosa, o deputado federal Paes de Lira do PTC (Partido Trabalhista Cristão), de São Paulo, tentou suspender e a resolução n.º 1 do Conad (Conselho Nacional de Politicas sobre Drogas), de janeiro de 2010, o mais importante regulador do uso da ayahuasca no Brasil.

O congressista, que assumiu o mandato no lugar de Clodovil e defende a criação de uma lei que impossibilite o casamento entre homossexuais, referiu-se ao assassinato de Glauco como a "matança de Osasco".

Nesse clima de caça às bruxas, a Livraria da Folha entrou em contato com a especialista. Em nova entrevista, Labate avaliou o andamento do caso e o futuro do Santo Daime no Brasil.

Veja a
entrevista. Trata-se de uma continuação de uma entrevista dada anteriormente pela antropóloga, leia aqui.

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