”Eu vim a este mundo, com uma determinação, vim com ordem Suprema, cumprir uma missão"Trecho de Salmo da Madrinha Chica

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mestre Irineu e a Esfinge Amazônica (II)

Depois de um longo intervalo alheio à minha vontade, hoje trazemos a segunda parte do resumo de um texto que me foi pedido e publicado, à guisa de introdução, no extraordinario livro de Paulo Moreira e Edward MacRae: “Eu venho de longe - Mestre Irineu e seus companheiros”
 
O movimento espiritual, cultural e social criado por Raimundo Irineu Serra - junto com outros homens como Daniel Mattos e Gabriel Costa - se espalhou desde sua genese por áreas da política, das instituições publicas e privadas, pelo campo artístico, simbólico e estéticos integrantes do Acre do século XX, e, por conseguinte, também do nosso próprio mundo pós-moderno.

Por isso, em certas passagens deste livro, seus autores se confrontam com questões relacionadas ao contexto político acreano. Momentos sobre os quais a aplicação de parâmetros gerais da história política brasileira ao caso do Acre e à atuação de Irineu junto às lideranças políticas locais, pode parecer extraordinariamente tentadora. Porém, no Acre não existe direita, centro, esquerda; neo-liberais, democratas ou socialistas da forma como nos acostumamos a pensar em relação ao Brasil.

Por força de seu contexto político diferenciado, como Território Federal desde 1904, os acreanos não tinham direitos políticos que os possibilitassem ter partidos e disputas eleitorais que consolidassem espectros ideológicos claramente definidos.

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terça-feira, 10 de abril de 2012

Mestre Irineu e a Esfinge Amazônica

Tem algum tempo que tenho vontade de escrever sobre os cem anos da chegada de Raimundo Irineu Serra ao Acre. Mas, enquanto recolho mais informações sobre o tema, trago para a coluna, a partir de hoje, um resumo do texto de apresentação que escrevi ano passado para o importante livro de Paulo Moreira e Edward MacRae: “Eu venho de longe - Mestre Irineu e seus companheiros”.

Recebi o convite de Paulo e Edward para escrever esta apresentação como um imenso desafio. Afinal, como veremos adiante, a tarefa a que se impuseram estes excepcionais pesquisadores é das mais complexas e difíceis de realizar.

D
izer que o Acre, como de resto a própria Amazônia, é muito pouco conhecido ou compreendido pelos brasileiros em geral, seria apenas repetir uma idéia que já se tornou lugar comum no imaginário nacional. Uma idéia que está na origem das muitas brincadeiras e piadas como aquela que afirmava categoricamente que: “O Acre não existe”. Continue lendo no Blog Miolo de Pote de Marcus Vinícius.